HABEMUS PAPAM: RENASCE A ESPERANÇA COM LEONE XIV, O PRIMEIRO PAPA NORTE-AMERICANO
Publicado em 09/05/2025 07:47
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Direto da Praça de São Pedro, no Vaticano, um momento histórico ecoou aos quatro cantos do mundo: "Habemus Papam!" Robert Francis Prevost, natural de Chicago, foi eleito o novo líder da Igreja Católica, adotando o nome de Leone XIV. É o primeiro papa dos Estados Unidos a ocupar o cargo máximo da Igreja, simbolizando uma nova era para os católicos ao redor do planet

Entre os milhares de fiéis presentes no Vaticano, estava a ítalo-brasileira Renata Bueno, ex-deputada no Parlamento Italiano e advogada especializada na defesa dos direitos de famílias brasileiras na Europa. Em entrevista exclusiva, Renata compartilhou suas impressões sobre o anúncio e refletiu sobre os desafios e esperanças que marcam o início do novo papado.

Você esteve presente na Praça de São Pedro no momento do anúncio. Como foi viver essa experiência de perto?

Renata Bueno:Foi profundamente  emocionante. Estar ali, entre tantas pessoas de diferentes partes do mundo, acompanhando o “Habemus Papam!” ao vivo, é algo que jamais esquecerei. A energia da multidão, o som do anúncio, a figura branca surgindo na sacada... tudo me marcou como uma testemunha direta de um novo capítulo na história da Igreja Católica. É uma conexão espiritual muito intensa.

O novo papa, Leone XIV, vem dos Estados Unidos. Qual a simbologia dessa escolha?

É uma decisão estratégica e altamente simbólica. Ela sinaliza o desejo de aproximar ainda mais a Igreja das grandes questões globais — juventude, direitos humanos, migração, meio ambiente, conflitos ideológicos. Prevost tem uma trajetória pastoral muito próxima das comunidades, especialmente na América Latina, e isso o credencia para manter um diálogo com o mundo real e as dores do nosso tempo.

Como avalia a transição entre o legado de Francisco e o desafio de Leone XIV?

O Papa Francisco nos ensinou sobre uma Igreja em saída, humilde, sensível às dores do mundo e próxima dos marginalizados. Acredito que esse caminho não tem mais volta. A teologia jesuíta que moldou Francisco é uma herança preciosa, centrada no discernimento, na ação e no amor. O novo papa terá a missão de continuar essa caminhada, sem ceder às pressões ideológicas ou aos radicalismos que crescem, inclusive dentro da própria Igreja.

Você acredita que o novo pontífice trará uma nova abordagem frente às tensões políticas e sociais globais?

Sem dúvida. Em um mundo polarizado e com o avanço de discursos de ódio, a Igreja tem uma função moral poderosa. Leone XIV tem agora a missão de ser um farol de diálogo, inclusão e paz. Seu "programa de governo" espiritual deve ser centrado na dignidade humana, na ecologia integral e na presença concreta da Igreja onde há sofrimento e exclusão.

Qual o seu sentimento pessoal diante deste momento histórico?

Como cidadã ítalo-brasileira, como advogada e como alguém comprometida com a construção de pontes entre culturas, recebo com esperança essa nova fase. Que Leone XIV seja abençoado com força, sabedoria e compaixão. Que seu papado seja marcado por justiça, inclusão e esperança. Viva o Papa!

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