Direto de Roma, a ex-deputada do Parlamento Italiano e ativista em defesa dos direitos dos ítalo-descendentes, Renata Bueno está acompanhando de perto as discussões sobre o novo Decreto 36/2025, que trata das regras para o reconhecimento da cidadania italiana. A matéria, que estava prevista para ser votada entre os dias 06 e 8 de maio, teve sua análise adiada para a próxima semana.
Em meio aos debates, Renata se reuniu com o presidente do Senado Italiano, Ignazio La Russa, e conversou por telefone com o senador Roberto Menia, relator da comissão que analisa o texto. “Apresentei novamente nossas reivindicações em defesa dos descendentes de italianos que vivem fora da Itália — pessoas que, há gerações, mantêm viva a conexão com suas origens”, afirmou.
A comissão responsável já está na fase final dos trabalhos e o texto do decreto recebeu diversas emendas, muitas delas sugeridas por diferentes grupos — incluindo propostas levadas pessoalmente por Renata Bueno.
Entre os principais pontos:
:: Quem deu entrada no pedido de cidadania antes da nova lei começar a valer — mesmo que ainda não tenha terminado o processo — vai continuar seguindo as regras antigas.
:: Filhos pequenos, recém-nascidos ou adotados, até a terceira geração, também poderão ter a cidadania reconhecida, desde que sejam registrados no consulado até um ano de idade.
:: Foi criado um novo caminho para quem quer morar na Itália e se reconectar com suas raízes. Se tiver um contrato de trabalho e morar no país legalmente por dois anos, a pessoa poderá pedir a cidadania com mais facilidade.
Outro ponto relevante é que na próxima terça-feira (dia 13), a comissão vai votar uma proposta muito esperada: a reabertura do prazo para recuperar a cidadania italiana por quem a perdeu por causa da naturalização em outro país no passado. Essa proposta tem o apoio de vários partidos e já apareceu em outras discussões anteriores.
Mais do que uma mudança nas regras, esse decreto é visto pelos parlamentares como uma forma de valorizar ainda mais o sentimento de ser italiano, reconhecer o vínculo com os descendentes ao redor do mundo e dar mais segurança para quem busca o reconhecimento da cidadania.
Atuando há mais de uma década na defesa dos direitos dos descendentes de italianos, Renata Bueno reforça que seguirá acompanhando as decisões em Roma e mantendo informada a comunidade ítalo-brasileira. “Mais do que nunca, é hora de estar presente e garantir que a legislação respeite os laços históricos que unem milhares de famílias ao povo italiano.”